APRESENTAÇÃO

Partindo da motivação para a criação de mais um “espaço formativo” idealizado pelo Prof. Hugo Norberto Krug, que em seus anos de docência prendeu-se em percorrer uma trajetória docente, tanto na escola, quanto na universidade, como orientador de estágio supervisionado na escola.
Este através desta trajetória docente, percebeu que os tempos atuais não estão fáceis, principalmente para os professores do ensino fundamental e médio, pois acentua-se, pelo desenvolvimento de nossa sociedade, progressivamente, uma crescente influência de fatores externos à ação pedagógica dos professores de Educação Física em suas aulas.
Conseqüentemente, este “espaço formativo” pode ser estruturado através de “postagens” dos diversos integrantes do Estágio III onde devemos procurar dissertar em forma de "perguntas e levantamentos" “críticos ou não” sobre os temas em que encontramos dificuldades (devido aos seus vários sentidos e significados) na prática do professor de Educação Física na escola.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A INDISCIPLINA DOS ALUNOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR



Hugo Norberto Krug

Considerações iniciais a respeito da indisciplina dos alunos na Educação Física Escolar
Uma série de fatores podem dificultar a atividade pedagógica dos professores nas escolas, em especial a indisciplina dos alunos, que, sem dúvida alguma, pode tornar-se um sério obstáculo para o alcance dos objetivos educacionais (Silva; Krug, 2002).
        Segundo Aquino (1996) há muito tempo os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais. Também, está claro que, a maioria dos educadores não sabe como interpretar e administrar o ato indisciplinado.
        Desta forma, não apenas os professores experimentados, mas, também, os futuros professores em situação de estágio curricular, tornaram-se reféns do emaranhado de situações que a indisciplina escolar comporta, ocasionando assim, dificuldades na prática pedagógica dos mesmos (Silva; Krug, 2002).
        Como na literatura especializada em Educação Física escolar são raras as publicações envolvendo a indisciplina dos alunos, este ensaio teve como objetivo contribuir para o aprofundamento do debate acerca da indisciplina dos alunos na Educação Física Escolar, pois segundo Jesus (2001) é importante a análise da indisciplina na atualidade, já que esta se constitui no principal fator de stress dos professores.

O conceito de indisciplina
        Segundo Rego (1996) existe uma falta de clareza e consenso a respeito do significado do termo indisciplina, sendo que a maior parte das análises parece expressar as marcas de um discurso fortemente impregnado pelos dogmas e mitos do senso comum. Destaca que os conceitos de indisciplina estão longe de serem consensuais, não só pela complexidade, mas também pela multiplicidade de interpretações que o tema encerra.
        A autora citada ainda ressalta que o conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre as diferentes culturas e numa mesma sociedade. Também no plano individual a palavra indisciplina pode ter diferentes sentidos que dependerão das vivências de cada sujeito e do contexto em que forem aplicadas.
        Entretanto, segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Ferreira, 1986, p.595) indisciplina é todo "procedimento, ato ou dito contrário à disciplina que leva à desordem, à desobediência, à rebelião". Sendo assim, indisciplinado é aquele que se insurge contra a disciplina.
        Taille (1996) destaca que se definirmos disciplina como comportamentos regidos por um conjunto de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: a) a revolta contra estas normas - traduz-se por uma forma de desobediência insolente; e, b) o desconhecimento delas - traduz-se pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das relações.

As causas da indisciplina dos alunos
        De acordo com Rego (1996), no cotidiano escolar, os educadores, aturdidos e perplexos com o fenômeno da indisciplina, tentam buscar, ainda de que de modo impreciso e pouco aprofundado, explicações para a existência de tal manifestação.
        A autora destaca que muito freqüentemente vêem a indisciplina como um sinal dos tempos modernos, revelando uma certa saudade das práticas escolares e sociais de outrora, que não davam margem à desobediência e inquietação por parte das crianças e adolescentes.
        É comum também verem a indisciplina na aula como reflexo da pobreza e da violência presente de um modo geral na sociedade e fomentada, de modo particular, nos meios de comunicação, especialmente a TV.
        Muitos atribuem a culpa pelo comportamento indisciplinado do aluno à Educação recebida na família, assim como à dissolução do modelo nuclear familiar.
        Outros parecem compreender que a manifestação de maior ou menor indisciplina no cotidiano escolar está relacionada aos traços de personalidade de cada aluno.
        Uma outra maneira de justificar as causas da indisciplina na escola, bastante presente no ideário educacional, se refere à tentativa de associar o comportamento indisciplinado a alguns traços inerentes à infância e à adolescência.
        Já os profissionais da Educação (diretores, coordenadores, técnicos, etc.) e muitos pais, quando provocados a analisar as possíveis causas da incidência da indisciplina nas escolas, muitas vezes, acabam por atribuir a responsabilidade ao professor, pela sua falta de autoridade, de seu poder de controle e aplicação de sanções.
        Do ponto de vista do aluno indisciplinado, os motivos alegados costumam ser um tanto diferentes. Com bastante freqüência, dirigem suas críticas ao sistema escolar. Reclamam não somente do autoritarismo ainda tão presente nas relações escolares, mas também da qualidade das aulas, da maneira que os horários e os espaços são organizados, do pouco tempo de recreio, da quantidade de matérias incompreensíveis, pouco significativas e desinteressantes, da aspereza de determinado professor, do espontaneismo de outro, da falta de clareza dos educadores, das aulas monótonas, da obrigação de permanecerem horas sentados, da escassez de materiais e propostas desafiadoras, da ausência de regras claras, etc.
        Na análise deste quadro a autora citada destaca o seguinte: a) primeiramente, é possível observar que o lugar ocupado por cada um dos elementos no sistema educacional parece alterar significativamente o seu modo de explicar as razões da incidência da indisciplina na escola. Entretanto, o predomina, um olhar parcial e pouco aprofundado sobre o problema, pois parecem fundamentais em explicações do senso comum ou pseudocientíficas; e, b) em segundo lugar, é possível observar que na busca dos determinantes da indisciplina, a influência de fatores extra-escolares no comportamento dos alunos, na visão de muitos educadores, parece ocupar o primeiro plano. Deste modo, a solução para o problema da indisciplina não estaria ao alcance dos educadores.
        A autora citada diz que estas posições precisam ser revistas, já que as explicações, mitos e crenças sobre o fenômeno da indisciplina na aula difundidos no meio educacional, além de acarretarem preocupantes implicações à prática pedagógica, se embasam em pressupostos preconceituosos, superados e equivocados sobre as bases psicológicas, biológicas e culturais envolvidas na formação de cada pessoa.

As conseqüências da indisciplina dos alunos
        Taille (1996) diz que a indisciplina dos alunos tem diversas conseqüências para o processo ensino-aprendizado, e, destaca que a disciplina é bom porque, sem ela, há poucas chances de se levar a bom termo um processo de ensino-aprendizagem.
        Silva e Krug (2002) no estudo intitulado "A indisciplina dos alunos nas aulas de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental: o caso dos futuros professores de Educação Física da UFSM em situação de estágio curricular" os acadêmicos apontaram as seguintes conseqüências da indisciplina dos alunos: a) atrapalha o andamento das atividades; b) ocorrência de animosidade entre professor e alunos; c) dificuldade de aprendizagem pelos alunos; d) gera mais agressões entre os alunos; e) término antecipado da aula; f) perda do controle da aula pelo professor; e, g) perda de tempo da aula.

Como os professores tratam os alunos indisciplinados?
        De acordo com Valle e Zamberlan (1996) a indisciplina dos alunos que acontecem no cotidiano escolar constitui-se em situações constantes que os professores não sabem lidar.
        Segundo Jesus (2001), especificamente, no que diz respeito à gestão da indisciplina dos alunos, são necessárias medidas ao nível sócio-político, ao nível da escola e ao nível da relação pedagógica do professor. Entre as medidas do professor estão: a) manter-se sempre calmo, sereno e seguro; b) ser flexível, desde que coerente, na sua forma de atuação; c) evitar confrontos desnecessários, sendo mais tolerante; d) não se distanciar dos alunos indisciplinados; e) tendo em conta que os comportamentos de disciplina também podem ser aprendidos, enfatizar os aspectos positivos do comportamento e da aprendizagem dos alunos; d) fazer com que os alunos voltem a acreditar que podem vir a alcançar resultados escolares positivos; e) delegar funções de "assistente" ao líder informal da turma, responsabilizando-o inclusivamente pela gestão do comportamento dos colegas; f) separar os alunos que perturbam; g) repreender os alunos em particular e apenas quando tal atitude é efetivamente necessária; h) identificar os casos de alunos com problemas familiares e tentar contribuir para a resolução de tais problemas; e, i) estabelecer contratos (gestão de contingências) que identifiquem os comportamentos a corrigir pelos alunos, no sentido de os responsabilizar e de os levar a desenvolver uma "disciplina Interior" ou "autodisciplina".
        O autor destaca ainda que, cada professor deve procurar aprender a partir da própria experiência, sendo coerente consigo mesmo. Fundamentalmente, se o professor quer ser respeitado pelos seus alunos, tem que ele próprio respeitar-se e apreciar as suas qualidades pessoais e profissionais. Assim, uma das regras que o professor deve ter em conta é tentar analisar o seu próprio comportamento faze a situações de indisciplina dos alunos e procurar aprender com essa experiências, no sentido de um maior auto-conhecimento e aperfeiçoamento progressivo.

Considerações finais a respeito da indisciplina dos alunos na Educação Física Escolar
Destacamos que abordar o tema indisciplina nas aulas de Educação Física é muito delicado e até perigoso, por três motivos:
1º) Pode-se facilmente cair no moralismo ingênuo e, sob a aparência de descrever o real, tratar de normatizá-la;
2º) Pode-se facilmente cair no reducionismo, que explica um fato por uma única dimensão (psicológico, sociológico); e,
3º) Pode-se facilmente cair na complexidade e, até, ambigüidade do tema, afinal, de fato, o que é disciplina? O que é indisciplina?
        Entretanto, ao assumirmos os riscos da abordagem desta temática, constatamos, em alguns estudos (Pinto Filho, 1999; Ribas, 1995; Silva; KruG, 2002) que no meio educacional, particularmente na disciplina de Educação Física, a maioria dos professores compreendem a indisciplina, manifestada por um indivíduo ou um grupo, como um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, traduzida na falta de educação ou de respeito pela autoridade do professor, na bagunça ou agitação motora. A indisciplina é vista como uma espécie de incapacidade do aluno (ou de um grupo) em se ajustar às normas e padrões de comportamentos esperados.
        Nesta perspectiva, qualquer manifestação de inquietação, questionamento, discordância, conversa ou desatenção por parte dos alunos é entendida pelos professores, como indisciplina, já que buscam obter a tranqüilidade, o silêncio, a docilidade, a passividade das crianças de tal forma que não haja nada nelas, nem fora delas que as distraiam dos exercícios passados, nem fazer sobra às suas palavras.
        Como recomendação para combater este entendimento de indisciplina dos professores, citamos Araújo (1996) que diz que, se um dos objetivos da Educação é o de auxiliar o sujeito a construir uma autonomia do pensamento que obrigue sua consciência a respeitar às regras do grupo depois de raciocinar com base em princípios de reciprocidade se aquela regra é justa ou não, isto deverá ser alcançado por meio de relações que não envolvam coação e o respeito unilateral; caso contrário, poderá se obter um comportamento desejado pelo aluno, mas ao preço de reforçar a heteronomia e não um juízo autônomo.
        Portanto, somente uma transformação no tipo das relações estabelecidas dentro das escolas, familiares e da sociedade poderá fazer com que o problema da indisciplina seja encarado sob uma perspectiva diferente. Nesse sentido, deve-se objetivar que os princípios subjacentes às regras a serem cumpridas pelo sujeito tenham como pressuposto os ideais democráticos de justiça e igualdade, bem como a construção de relações que auxiliem esse sujeito a obrigar sua consciência a agir com base no respeito a esses princípios, e não por obediência.
Taille (1996) ressalta que um aluno pode ter um comportamento disciplinado por dois motivos: a) pela simples boa Educação; e, b) pelo medo do castigo. Entretanto, qual é o motivo desejável? Pense caro leitor e responda para depois adotar a postura pedagógica mais adequada.

Referências
Aquino, J.R.G. Apresentação. In: Aquino, J.R.G. (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. p.7-8.

Ferreira, A.B.H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

Jesus, S.N. de. Como prevenir e resolver o stress dos professores e a indisciplina dos alunos? Cadernos do CRIAP. Porto (Portugal): ASA Editores, 2001.

Rego, T.C. A indisciplina e o processo educativo: uma análise na perspectiva vygotskiana. In: Aquino, J.R.G. (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. p.83-101.

Pinto Filho, F.P. A agressividade nas aulas de Educação Física, 1999, Brasília. Monografia (Especialização em Educação Física Escolar) - Faculdade de Educação Física / Universidade de Brasília, Brasília, 1999.

Ribas, J.F.M. Situações de agressividade em competições de handebol, 1995, Campinas. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física / Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.

Silva, M.S. da; Krug, H.N. A indisciplina dos alunos nas aulas de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental: o caso dos futuros professores de Educação Física da UFSM em situação de estágio curricular. In: Congresso Mercosul de Cultura Corporal e Qualidade de Vida, II, Ijuí. Anais, Ijuí, 2002. p.57.

Taille, Y. de L. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In: Aquino, J.R.G. (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. p.9-23.

Valle, M.C.C. do; Zamberlan, M.A.T. Padrões de comportamentos disciplinares do aluno: dificuldades associadas aos processos interacionais no cotidiano escolar. In: Reunião Anual ANPEd, 19, Caxambú. Programa, Caxambú, 1996. p.238.

A AGRESSIVIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


Hugo Norberto Krug

Considerações iniciais a respeito da agressividade na Educação Física Escolar

        Estudos apontam com freqüência a vasta gama de comportamentos agressivos em aula de Educação Física. Tal situação apresenta forte interferência no processo de ensino-aprendizagem e favorece um desequilíbrio no ambiente educacional.
        Segundo Valle e Zamberlan (1996) e Pinto Filho (1999) os problemas disciplinares no cotidiano escolar constituem-se em questões constantes que os professores não conseguem lidar.
        Seguidamente ouvimos falar sobre casos de crianças que são agressivas, que brigam com os colegas e pais, e que, por vezes, tornam-se incontroláveis e até mesmo perigosas para si e para os outros. Em alguns casos chega-se ao extremo; onde crianças e jovens agressivos ferem outras pessoas e até mesmo matam, como o ocorrido em Oklahoma nos Estados Unidos, quando inúmeras pessoas perderam a vida ou foram feridas por jovens munidos de armas de fogo em plena sala de aula. Mas não pensemos que estes problemas estão longe de nossa sociedade, pois, cada vez mais tem crescido os casos de violência também aqui no Brasil.
Mas de que forma estas crianças e jovens tornam-se tão agressivos e até mesmo violentos? Para tentarmos responder esta questão e outras que por ventura possam vir a surgir fomos buscar na literatura o embasamento necessário, isto é, procuramos abordar a agressividade dos alunos nas aulas de Educação Física na escola.

A agressividade humana
Ao abordarmos o tema “agressividade” nos deparamos com um grande problema que é distinguir o comportamento agressivo, daqueles de descarga de energia. Para isso, primeiramente, iremos tentar definir o que vem a ser o comportamento agressivo, para, posteriormente, abordarmos as distintas formas nas quais se apresenta, suas origens e suas possíveis conseqüências.
Segundo Gabler (apud Samulski, 1992) a agressividade representa uma disposição permanente de uma pessoa para comportar-se numa determinada situação de forma agressiva; forma esta que caracteriza-se quando existe só a intenção e o desejo de prejudicar outra pessoa.
Para Lapierre e Aucouturier (1986, p.61) agressividade "é o resultado de um conflito entre o desejo de afirmação pela ação e os obstáculos e interdições que essa afirmação encontra".
Conforme Konger & Kagan (apud Ribas, 1995) os comportamentos agressivos são ações cuja intenção é causar dano ou ansiedade nos outros, incluindo bater, chutar, destruir a propriedade, discutir, depreciar e atacar verbalmente outras pessoas e resistir a pedidos.
De acordo com as definições acima citadas, percebemos que existem inúmeros comportamentos considerados como agressivos, mas para que o sejam assim considerados devem estar carregados com intenções de ferir, machucar e/ou magoar intencionalmente ao outro, o que nem sempre é considerado quando da rotulação de que determinado aluno é agressivo.
Mas se existem diferenças entre os comportamento agressivos, como podemos classificá-los? A classificação dos comportamentos agressivos pode ser obtida através da observação dos motivos que o geram, e da forma que estes se apresentam, como veremos a seguir.
De acordo com Hartup (apud Newcombe, 1999) o nível e a forma dos comportamentos agressivos mudam de acordo com o desenvolvimento da pessoa.
Por exemplo, existem maiores possibilidades de crianças brigarem pela posse de determinados objetos por volta dos 2 aos 3 anos (a este comportamento denominaremos de agressividade instrumental); já mais tarde, por volta dos 4 a 5 anos, estes comportamentos passam a ser mais de agressão verbal e hostis. No primeiro caso, a agressão é utilizada como instrumento para se atingir determinado objetivo. No segundo caso, cabe ressaltar que à medida que as crianças tornam-se mais capazes de se expressar verbalmente, elas normalmente deixam de mostrar agressividade com socos para expressá-la com palavras. No terceiro caso, o comportamento hostil é caracterizado pela motivação e o desejo de magoar alguém, podendo ou não estar ligado à agressão física. A agressão hostil tende a aumentar durante a segunda infância, para depois diminuir, embora algumas crianças não consigam aprender a controlar a agressão hostil, tornando-se assim cada vez mais agressivas e destrutivas (Papalia; Olds, 2000).

Teorias da agressividade humana
Mas de que forma surgem os comportamentos agressivos? Segundo Ribas (1995) existem três teorias que tentam explicar as origens do comportamento agressivo, sendo elas:
1) Teoria da agressividade instintiva - Uma das formas de explicar o comportamento agressivo do ser humano é através de seu instinto (genética). Konrad Lorenz e Sigmundo Freud são os principais defensores desta teoria.
A teoria defendida por Freud, tem como base a psicanálise. Na psicanálise a função da agressividade seria a de permitir o abaixamento da tensão interior do indivíduo possibilitando um escape ao instinto de morte porque toda a humanidade tem duas forças básicas de impulso, uma força de construção de vida e uma força destrutiva ou orientada para a morte.
        Para lidar com o impulso agressivo Freud sugere a catarse. Isto significa que, para a pessoa diminuir o comportamento agressivo deveria ocupar-se de desvaneios ou pensamentos agressivos, ou se expressar através da arte ou da literatura, ou ainda da experiência de testemunhar violência representada ou humorística.
        Os pesquisadores que defendem esta teoria da agressividade acreditam que a prática do desporto permite a liberação de impulsos agressivos. Neste caso, o desporto é mais uma força grosseira de permitir a expressão da agressividade; ensina ao indivíduo o controle do seu comportamento guerreiro impondo-lhe regras ditadas pelas necessidades de eqüidade que deve respeitar mesmo perante estímulos tão poderosos como as provocações de um adversário.
        Já, a teoria defendida por Konrad Lorenz tem como base a biologia. Lorenz estudou o comportamento agressivo através do método etnológico, isto é, estudando as diferenças e semelhanças no comportamento agressivo de muitas espécies de animais. Lorenz coloca que o rápido desenvolvimento tecnológico do homem superou a evolução mais lenta das inibições inatas contra a expressão de sua instigação agressiva. Lorenz preocupou-se com as funções que desempenham estes impulsos, que são os seguintes: 1) a relação do mais forte para a perpetuação da espécie; 2) a distribuição uniforme do espaço vital disponível; e, 3) formação de uma ordem hierárquica que dá ao grupo uma estrutura firma. Segundo Lorenz este tipo de adaptação é algo positivo para a espécie humana.
2) Teoria da agressividade como frustração - Esta teoria foi criada por um grupo de pesquisadores da Universidade de Yale, no fim da década de 30, sendo liderado por Dollard.
        O postulado básico da teoria é que a ocorrência de um comportamento agressivo sempre pressupõe a existência de frustração e, inversamente, daí que a existência de frustração sempre leva a alguma forma de agressão.
Denominam-se como eventos frustradores aqueles que bloqueiam o comportamento de buscar atingir os objetivos, ameaçam a auto-estima do indivíduo ou privam-no da oportunidade de gratificar algum motivo forte.
        Os autores desta teoria afirmam que todos nós sempre aprendemos a controlar e suprimir este comportamento agressivo, porém, essas tendências não são anuladas ou destruídas, são apenas canalizadas para outros objetivos. Colocam ainda que a frustração de objetivos têm maior probabilidade de levar a ação agressiva.
        A origem da agressão é uma situação específica de estímulo-resposta em que a frustração é a origem do fenômeno.
        Existem três grandes modalidades de frustração:
1ª) Frustração por demora - é quando se impede ou demora por gratificar um organismo previamente condicionado, como por exemplo, um atleta que treina com dedicação para uma competição e ocorre um atraso ou adiamento desta;
2ª) Frustração por impedimento - é quando se interpõe entre a pessoa e o objeto um obstáculo que impede a produção da resposta, neste caso, um exemplo é a própria situação do defensor do handebol que impede que o atacante finalize a gol; e,
3ª) Frustração por conflito - é quando existe uma tensão causada pela disputa entre adversários como por exemplo, o jogo entre duas equipes poderá ser um fator responsável pela tensão da disputa em uma partida de handebol.
A reação da pessoa a uma situação frustradora dependerá muito da interpretação que esta fizer da situação; como exemplo, uma situação onde uma criança não consegue abrir a porta que antes havia sido capaz de abrir, podendo surpreender-se e em seguida ficar ansiosa e até mesmo apreensiva, se não souber porque está trancada. Mas se por ventura acreditar que alguém a trancou na sala, é possível que se zangue e se comporte de modo agressivo.
3) Teoria da agressividade como aprendizagem social - Esta teoria defende que o comportamento agressivo é determinado pelas características do meio em que o indivíduo vive, assim este comportamento é adquirido em função de um processo de aprendizagem que é delimitado e condicionado pelo ambiente.
        Esta teoria foi elaborada por Bandura e Walters que partiram do princípio que o comportamento agressivo é aprendido porque existe um modelo, e a partir deste, há um reforçamento positivo. Resumindo essa teoria, pode-se formar uma criança agressiva se essa tiver um modelo de agressividade e este for reforçado positivamente.
        Bandura coloca que na sociedade moderna existem três fontes principais de conduta agressiva: a) a influência familiar (agressividade na família); b) a influência sub-cultural (sub-cultura em que o sujeito se encontra inserido); e, c) o modelamento simbólico (proporcionado pelos meios de comunicação).
        No que diz respeito a influência familiar na aprendizagem da agressão pode-se perceber que, em determinadas famílias alguns tipos de formas físicas de agressão se tornam normais entre eles. Isso causará problemas no instante em que o indivíduo for conviver em outro ambiente. Por maior que seja a adaptação deste indivíduo no grupo, dificilmente ele conseguirá abandonar o ato agressivo como forma de resolver os seus problemas.
        A influência sub-cultural está caracterizada pelo bairro, vizinhança, condomínio ou grupos que convivem diariamente. Este tipo de influência possui o mecanismo semelhante aquele que é desencadeado no ambiente familiar. Cada grupo possui as suas normas que, por sua vez, está baseado em culturas diferentes. Em alguns casos, pode-se identificar grupos violentos, como por exemplo, as gangues de rua.
        Já, no modelamento simbólico, proporcionado pelos meios de comunicação, verificou-se que os modelos partem, na maioria das vezes, da televisão onde são apresentados filmes, desenhos e notícias violentas. Os filmes, que possuem uma quantidade muito grande de atos agressivos, mesmo de forma cômica, poderão servir de modelos para os mais diversos tipos de agressão, principalmente para as crianças. São elas que também presenciam, na maioria das vezes, os desenhos violentos. Por mais engraçados que sejam, se trouxerem cenas que sublimem o ato agressivo, também poderão influenciar no comportamento. Com relação aos telejornais, se não houver um posicionamento por parte da imprensa diante dos atos violentos, ou ainda, se forem exploradas as imagens violentas, isso também servirá como modelo de agressividade.

Aspectos que podem contribuir para o comportamento agressivo da pessoa
Segundo Ribas (1995) vários aspectos podem contribuir para o comportamento agressivo da pessoa, sendo elas:
1) Cuidados inadequados dos pais: Basicamente os comportamentos das crianças nos primeiros anos de vida estão extremamente ligados aos comportamentos dos pais. Crianças que recebem bastante carinho e cuidado tendem a aprender a ser mais carinhosas e bondosas, da mesma forma que aquelas que recebem pouca atenção e carinho dos pais tendem a incorporarem estes comportamentos a sua personalidade, funcionando desta forma também para com os comportamentos agressivos.
O excesso de agressividade de uma criança pode estar ligado originalmente, a um controle parental ineficiente. Durante os anos pré-escolares os pais controlam muitas das experiências de frustração e gratificação da criança, determinando se será reforçada ou punida por comportamentos agressivos. Tanto a superproteção dos pais quanto a negligência para com os filhos, são prejudiciais para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo.
2) Reforços Positivos: Reforçar positivamente respostas agressivas conduz a um aumento das expressões de agressão bem como a uma generalização de respostas agressivas a outras situações. O reforço positivo é, muitas vezes, dados pelos pais da criança, embora, algumas vezes, os companheiros de brincadeira o possam fazer, quando submetem-se as vontades da criança agressora permitindo-lhe obter algo que desejava.
O simples fato de prestar atenção ao comportamento agressivo de uma criança pode servir como reforço necessário para ela manter este comportamento, já que a criança poderá vir a utilizar a agressão como forma de receber à atenção de um adulto.
3) Permissividade: Perante uma agressão a permissividade é comparada a uma recompensa direta. Se os pais são excessivamente permissivos nos primeiros anos e não estabelecem limites claros para a agressão da criança, as reações agressivas se tornam fortes e persistentes.
A presença de um adulto permissivo pressupõe um aumento dos comportamentos agressivos de crianças, durante sessões de brincadeira livre ao passo que na ausência deste adulto permissivo os comportamentos agressivos tendem a diminuir.
4) Modelagem e Imitação: É provável que a exposição a modelos agressivos alicie a imitação da agressão pelas crianças.
Para comprovar esta suposição Bandura e seus colaboradores da Universidade de Stanford, expuseram pré-escolares a modelos agressivos reais ou fictícios (cinema ou televisão). Em um dos experimentos, por exemplo, um modelo adulto era observado por pré-escolares enquanto "resolvia" um problema de aprendizagem de discriminação. Durante suas tentativas, o modelo apresentava muitas respostas irrelevantes e incidentais que nada tinham a ver com a aprendizagem da discriminação, inclusive comportando-se agressivamente com bonecas colocadas nas caixas de discriminação. Quando ele estava com os sujeitos controle, não se comportava agressivamente. Em seguida, dava-se aos sujeitos o mesmo problema de discriminação. Do grupo experimental, 90% das crianças imitaram as respostas agressivas do modelo, ao passo que nenhuma das crianças do grupo-controle manifestou esse comportamento. A mera observação de modelos agressivos foi suficiente para estimular o comportamento imitativo de agressão das crianças.
Em um outro estudo as crianças assistiam a uma situação onde um modelo adulto utilizava-se de comportamentos agressivos para como um boneco "João Bobo" sendo que algumas crianças viam este adulto sendo punido; outras o viam sendo recompensado; e um terceiro grupo viam o adulto não receber nem punição, nem recompensa. Posteriormente, estas crianças foram incentivadas a reproduzir comportamentos semelhantes aos que tinham observado. As crianças das três condições apresentaram comportamentos agressivos independente de terem observado punição, recompensa ou nenhum deles.
Estes achados reforçam a idéia de que a simples observação de um modelo adulto agressivo é o suficiente para que as crianças assimilem estes comportamentos.
5) Punição: Embora em algumas situações a punição possa vir a diminuir a intensidade dos comportamentos agressivos, muitas vezes, ela atua como reforçador destes comportamentos. Um pai que emprega punição física para inibir comportamentos agressivos indesejáveis também está servindo como um modelo agressivo, demonstrando à criança o poder e a utilidade da agressão.
O castigo severo, principalmente o espancamento, pode sair pela culatra, porque as crianças vêem o comportamento agressivo dos adultos (pais) um exemplo vivo do uso da agressão exatamente no momento em que estão tentando ensinar a criança a não ser agressiva. Assim, a manipulação ineficiente da agressão da criança pode estimular a expressão da agressão, e os efeitos a longo prazo da punição física podem ser os de facilitar a agressão, ao invés de inibi-la.
A respeito disso Newcombe (1999, p.332) descreve que:

Os efeitos da punição variam com o nível geral da agressividade da criança; crianças relativamente pouco agressivas tendem a suprimir suas reações hostis se forem punidas, mas crianças altamente agressivas que são punidas persistirão em (ou até aumentarão) seu comportamento agressivo.

Em todas essas situações anteriormente descritas faz-se necessário compreender que, a punição se utilizada de forma inconsistente (ora sim, ora não), como recurso para tentar controlar um comportamento agressivo, pode não surtir o efeito desejado, mas se empregada de forma consciente e acompanhada de diálogo (dar ciência a criança do porque que esta sendo punida), pode resultar na diminuição dos comportamentos agressivos. Isto não é uma regra, já que, cada situação pode apresentar diferentes resultados, alguns semelhantes e outros totalmente distintos.
6) Rejeição: Os efeitos de uma Educação inadequada vão além do lar. Muitas vezes, os pais de crianças agressivas não se envolvem positivamente nas vidas de seus filhos. As crianças tendem a se sair mal na escola, serem rejeitadas pelos colegas e terem baixa auto-estima.
Os pais ao rejeitarem um filho, provavelmente, muitas vezes, ignoram as expressões de desconforto da criança, assim como seus pedidos de apoio e aconchego. Pais e mães assim também não tem a tendência de dar reforços positivos ou recompensas, o que os torna menos eficazes como professores do controle da agressividade.
As crianças rejeitadas são agressivas, destruidoras e não cooperativas.
O excesso de agressividade de uma criança pode estar ligado originalmente a um controle parental ineficaz. Uma vez estabelecida a agressividade de uma criança, ela evidencia esse mesmo comportamento com os colegas, é rejeitada por eles e compelida cada vez mais, a buscar o único grupo de crianças que irá aceitá-la, comumente, outros garotos agressivos ou delinqüentes.
Felizmente, nem todas as crianças rejeitadas permanecem ou desenvolvem sérios problemas comportamentais ou delinqüência. E ainda nem todas as crianças agressivas são rejeitadas.
Torna-se necessário compreender que uma boa estruturação familiar é o primeiro passo para a não ocorrência de comportamentos agressivos, sendo então, que os pais devem procurar se envolver mais com os filhos dando-lhes apegos seguros, transmitindo-lhes carinho e segurança.
7) Televisão e agressividade: São inúmeros os estudos relacionados à influência da TV sobre os comportamentos agressivos das crianças, embora mesmo assim, não possamos afirmar que os programas de TV que mostram agressão são os responsáveis pelo aumento da agressividade das crianças, pode-se sim inferir que estes têm suas contribuições neste processo.
A violência na maior parte dos programas de TV é recompensada, pois às pessoas violentas conseguem o que querem, sendo assim, a violência é apresentada como uma forma bem sucedida de solucionar problemas.
As crianças que não vêem modelos agressivos na vida real, muitas vezes, os vêem na televisão. Os filmes que possuem uma grande quantidade de atos agressivos, mesmo que de forma cômica, poderão servir de modelos as crianças para os mais diversos tipos de agressão.
Entretanto, uma televisão violenta não é, certamente, a principal causa da agressividade entre as crianças, mas ela é significativa.
Mas então porque as crianças que assistem a programas violentos, algumas vezes se comportam de forma agressiva?
As crianças agressivas preferem programação violenta na TV, e a violência na TV as torna mais agressivas. Crianças mais agressivas assistem a mais televisão do que as crianças não-agressivas, identificam-se mais com os personagens agressivos, e tem maior tendência de acreditar que a agressão vista na televisão reflete a vida real.
Para comprovar a influência da agressividade da televisão sobre os comportamentos futuros Leonard Eron fez um estudo longitudinal, realizado ao longo de 22 anos, incluindo indivíduos de 8 a 30 anos. Através de seu estudo pode descobrir que o melhor elemento de previsão da agressividade de um jovem aos 19 anos era a violência dos programas de TV a que ele assistia aos 8 anos. Doze anos após, quando esses indivíduos tinham 30 anos, Eron descobriu que a gravidade do comportamento criminoso estava bastante relacionada com a freqüência com que era assistida a TV aos 8 anos. Estes achados tornam-se importantíssimos para que possamos ter um maior conhecimento sobre as reais influências da TV sobre o comportamento das crianças; servindo principalmente para os pais, dando-os o conhecimento necessário para que possam controlar quais os programas mais adequados para seus filhos, contribuindo assim para o desenvolvimento de características mais pró-sociais (cooperação, respeito, etc.), e, não anti-sociais (violência, desrespeito e agressão).
8) Diferenças entre sexos: as diferenças entre sexos, começam a partir dos 2-3 anos de idade, sendo que os meninos instigam agressão tanto verbal quanto física, mais constantemente do que as meninas. Estas diferenças entre os sexos, em relação ao comportamento agressivo, podem ser encontradas em todas as classes sociais e em todas as culturas, sendo mais acentuadas na puberdade e no início da vida adulta.
As diferenças entre sexos são derivadas tanto de fatores biológicos quanto da aprendizagem social, visto que em termos de aprendizagem social, o comportamento agressivo é parte do estereótipo masculino em nossa cultura, sendo esse comportamento esperado e, muitas vezes, implicitamente encorajado nos meninos. Já em termos biológicos, o comportamento agressivo pode ser mais influenciado durante a adolescência, devido aos níveis de testosterona nos meninos, o que os tornam mais propensos a serem agressivos do que as mulheres. Em alguns casos, os níveis de testosterona correlacionam-se significativamente com auto-relatos de agressão física e verbal, tolerância à frustração e à irritabilidade.

Considerações finais a respeito da agressividade na Educação Física Escolar

Como podemos perceber, existem várias formas de apresentação do comportamento agressivo (instrumental, verbal e hostil) e, muitas formas, de se tentar explicar as origens deste comportamento (instintivo, agressão como frustração e agressão por aprendizagem social), e dentro de cada teoria existem inúmeros outros fatores que podem influenciar no comportamento agressivo.
Partindo deste conhecimento sobre os fatores que podem desencadear uma resposta agressiva, podemos, como professores e/ou pais, saber como agirmos afim de que os efeitos para a criança em desenvolvimento, principalmente para a sua personalidade, sejam os menores possíveis.
Portanto, torna-se importante que busquemos conhecer cada vez mais as origens do comportamento agressivo do aluno, quais são as suas conseqüências futuras, pois enquanto profissionais de Educação temos este dever e obrigação, e, de posse dessas informações poderemos assim estruturar melhor nosso trabalho a fim de contribuirmos de forma significativa para com o desenvolvimento de nossos alunos.

Referências
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